Justiça & Cidadania

MP denuncia acusados de matar mulher trans em Ilha Solteira

Requereu a manutenção das prisões preventivas dos 2 acusados já detidos e a decretação da prisão do terceiro envolvido
Da Redação
22/10/2025 às 11h58
Foto: Ilustração/Divulgação Foto: Ilustração/Divulgação

A promotora de Justiça Laís Bazanelli Marques Deguti, de Ilha Solteira (SP), denunciou três homens envolvidos na morte de uma mulher trans, com quem um deles mantinha um relacionamento amoroso. O crime foi cometido no Dia dos Namorados deste ano.

 

Dois dos investigados são acusados de feminicídio praticado para assegurar a impunidade de outros delitos, além de ocultação de cadáver e fraude processual. Já o outro, pode responder pelos dois últimos crimes.

 

De acordo com a denúncia, a vítima e o assassino estudavam na Unesp de Ilha Solteira e mantinham um relacionamento conturbado que durou cerca de 15 anos. O homem não assumia publicamente o namoro e se envolvia com outras pessoas, o que gerava brigas frequentes.

 

Ameaças

 

Em mensagens enviadas a uma amiga meses antes do crime, a mulher relatou que vinha sendo ameaçada e chegou a afirmar que, se algo acontecesse a ela, o responsável seria o companheiro. Poucos dias antes da morte, a vítima criou um arquivo digital contendo informações comprometedoras sobre o acusado, em relação a crimes anteriores.

 

Segundo apuração da Promotoria, no dia 12 de junho, a vítima foi ao sítio do homem com quem se relacionava, onde foi atacada e morta. Ambos haviam apresentado juntos, na mesma manhã, um trabalho acadêmico na universidade.

 

O outro suspeito chegou pouco depois ao local e, conforme o Ministério Público, aderiu à conduta criminosa, ajudando a ocultar o corpo. Após o homicídio, os dois se desfizeram de evidências, destruíram objetos e limparam vestígios de sangue. Até o momento, o corpo da mulher não foi encontrado.

 

Impunidade

 

A Promotoria sustenta que o crime foi cometido com o objetivo de garantir a impunidade do principal acusado em relação a outros ilícitos. O Ministério Público também aponta que os envolvidos alteraram a cena do crime e eliminaram provas digitais para dificultar as investigações. 

 

Além de oferecer denúncia à 1ª Vara Judicial da Comarca de Ilha Solteira, Laís requereu a manutenção das prisões preventivas dos acusados já detidos e a decretação da prisão do terceiro envolvido.

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