A Justiça de Araçatuba (SP) decretou a prisão preventiva do homem de 36 anos, preso na noite de quarta-feira (5) após ter confessado o assassinato e ocultação do cadáver da companheira dele, Evelyn de Souza, 41 anos. O casal residia no bairro Etemp, ela havia desaparecido na sexta-feira e o corpo foi encontrado horas antes da prisão, em um canavial nas imediações do rio Tietê.
Como não houve flagrante do assassinato, o delegado que presidiu a ocorrência decretou a prisão em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver e representou pela decretação da prisão preventiva. Ele levou em consideração que há prova da materialidade do crime de ocultação de cadáver e que o investigado confessou a autoria do feminicídio. Além disso, argumentou que o acusado tem antecedente criminal por violência doméstica.
Crime permanente
O Ministério Público também representou pela decretação da prisão preventiva e, ao decidir, o juiz do Plantão Judiciário de Araçatuba justificou que a ocultação de cadáver é crime permanente, perdurando o estado de flagrância. Também foi levado em consideração que a investigado confessou ter jogado o corpo da companheira no canavial após tê-la assassinado, cometendo o crime de feminicídio, que segue sendo investigado.
“Verifico que o fato é grave e que o autuado é reincidente, tendo sido condenado definitivamente em outro processo. Neste contexto, em que pese a necessidade de melhor apuração dos fatos ao longo da instrução processual, verifico, ao menos por ora, que a liberdade do indiciado é temerária, tendo em vista os fatos narrados”, consta na decisão.
Com a decretação da prisão preventiva, o acusado permanecerá à disposição da Justiça enquanto o inquérito irá tramitar na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher).
Corpo
O corpo de Evelyn foi encontrado na tarde de quarta-feira por um funcionário de uma usina que passava pelo canavial. O cadáver estava em avançado estado de decomposição e por isso, não foi possível a identificação.
Ao serem informados da localização do corpo, policiais militares que haviam abordado o investigado na última segunda-feira (3), quando ele estava de posse do carro da vítima, suspeitaram que ele poderia estar envolvido no crime.
Em pesquisa nos perfis do casal nas redes sociais, os policiais viram uma foto na qual a mulher estava com uma aliança e com uma pulseira semelhante às encontradas com o corpo, o que reforçou a possibilidade que se tratava de Evelyn. O investigado foi encontrado na casa da vítima, confessou que a havia assassinado e jogado o corpo no canavial.