Justiça & Cidadania

Homem que matou mulher asfixiada com o próprio cinto em Birigui é condenado a quase 20 anos de prisão

Júri composto por 7 mulheres acatou na íntegra o pedido da Promotoria de Justiça; sentença foi proferida por uma juíza
Lázaro Jr.
03/06/2025 às 16h23
Larissa foi morta por asfixia com o cinto do próprio short que vestia (Foto: Reprodução) Larissa foi morta por asfixia com o cinto do próprio short que vestia (Foto: Reprodução)

O Tribunal do Júri de Birigui (SP) condenou a 19 anos, 7 meses e 6 dias de prisão, Wellington Costa Pereira, 25 anos, pelo assassinato de Larissa Eleutério dos Santos, 27, que residia no bairro João Crevelaro. O crime aconteceu em novembro de 2021, na zona rural da cidade.

 

As juradas, sendo sete mulheres, acataram o pedido da Promotoria de Justiça, e o condenaram de acordo com a denúncia, por homicídio qualificado pelo motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por asfixia.

 

A juíza Moema Moreira Ponce Lacerda, levou em consideração os maus antecedentes do réu, que possui condenação definitiva em outro processo para calcular a pena. Ela não concedeu a ele o direito de recorrer em liberdade.

 

A reportagem acompanhou a parte final da manifestação do promotor de Justiça Rodrigo Marcondes Mazzilli e a leitura da sentença. O réu, que permaneceu com o uniforme do presídio durante o julgamento, apenas balançou a cabeça em sinal de positivo enquanto ouvia a decisão.

 

Caso

 

Conforme divulgado na época, o corpo de Larissa foi encontrado em uma chácara no “Trevo da Macumba”, localizado na estrada municipal do bairro Goulart. Ela estava de bruços em área de pastagem, vestindo apenas meias e um par de tênis.

 

Havia um cinto de jeans amarrado no pescoço da vítima. O shorts dela estava próximo ao corpo, junto com um sutiã da cor preta, quebrado em duas partes. Também estava no local uma blusa vermelha de manga longa e, um pouco mais distante, havia um lápis de maquiagem.

 

Além da coloração escura no rosto, em decorrência de estrangulamento, havia um hematoma na cabeça da vítima. Pereira foi preso pela Polícia Civil duas semanas depois e confessou o assassinato, por asfixia.

 

Bailão

 

Ainda de acordo com o que foi apurado na época, ao ser ouvido, o réu alegou que conheceu a vítima em um “bailão”. Larissa teria se aproximado ao vê-lo fazendo uso de cocaína e pedido para consumirem a droga juntos.

 

Os dois teriam seguido de moto até um motel, para manterem relação sexual, ato que não teria se consumado, segundo a Promotoria de Justiça. Depois os dois seguiram para o bairro Portal da Pérola para comprar mais cocaína, antes de irem à chácara, onde a vítima foi encontrada sem vida.

 

Cinto

 

Pereira alegou que os dois se desentenderam e a Larissa teria partido para cima dele com um pedaço de madeira. Para se defender, ele teria desferido um soco na barriga dela. Aproveitando que ela teria caído ao chão, ele teria utilizado o cinto do shorts dela para asfixiá-la.

 

O réu teve a defesa feita pelo defensor Rodrigo Mendes Delgado, que poderá recorrer da sentença.

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