Está agendado para esta quarta-feira (23) no Fórum de Araçatuba (SP), o julgamento pelo Tribunal do Júri de Caíque Junio de Souza Soares, 28 anos, o "Caíque do Água Branca”, e de Alexandro Cícero Rodrigues da Silva, denunciados por quatro tentativas de homicídio ocorridas em 31 de agosto de 2019, no bairro Vista Verde.
Inicialmente o Júri havia sido marcado para 5 de outubro de 2022, mas a sessão foi adiada porque o advogado de um dos réus apresentou um atestado de dentista, alegando impossibilidade do comparecimento.
A sessão de julgamento foi remarcada para 25 de janeiro deste ano, mas teve que ser novamente adiada devido à renúncia do mesmo advogado que havia apresentado o atestado odontológico. Com a nomeação de um novo defensor, a previsão é de que o julgamento finalmente ocorra nesta quarta.
Perigoso
Caíque é considerado de alta periculosidade pela polícia e foi preso em 30 de dezembro de 2021, durante operação da Polícia Militar em um rancho no assentamento Chico Mendes. Na ocasião, havia quatro mandados de prisão em aberto contra ele, sendo dois por homicídio e dois por roubo.
No caso que será julgado nesta quarta-feira, ele e Alexandro são acusados de terem tentado matar a tiros, um homem que jogava baralho com um grupo de pessoas em um bar no bairro Vista Verde. Porém, o alvo da dupla também estava armado, percebeu a ação e revidou quando os réus passaram de moto na frente do estabelecimento, atirando.
Feridos
Alexandro foi atingido pelos disparos feitos pela vítima e preso quando recebia atendimento médico. Ele confirmou que havia passado de moto na frente do bar com Caíque, quando estariam retornando de uma festa numa área de lazer, mas negou que tivessem feito disparos.
Ainda de acordo com a polícia, na troca de tiros foram feridos um homem que jogava baralho no bar; um jovem de 17 anos que voltava para casa após comprar cigarros no estabelecimento; e uma jovem de 23 anos. Ela fazia as sobrancelhas de uma amiga na calçada do outro lado da rua e foi foi ferida quando correu para proteger a filha dela, de 3 anos, que brincava no local.
Julgamento
O Ministério Público considerou que as vítimas só não morreram por não terem sido atingidas em regiões vitais e por terem recebido pronto atendimento médico.
A Promotoria de Justiça pediu o arquivamento do procedimento que investigava os disparos de arma de fogo feitos por parte da vítima, levando em consideração que nenhuma arma foi apreendida e que ela teria agido em legítima defesa.
O julgamento está previsto para começas às 9h.