O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) se reúne nesta quinta-feira (13), para julgamento de Derli Jesus de Oliveira, pelo assassinato de Gilmar de Almeida, crime ocorrido em dia 16 de novembro de 2023, perto da praça Hugo Lippe Jr., mais conhecida como praça Olímpica.
Os dois estariam em situação de rua e o réu foi preso em flagrante logo após o crime, quando confessou a autoria. Também foi apreendida a faca utilizada no assassinato, enquanto a vítima nem chegou a ser socorrida, pois morreu no local.
O assassinato aconteceu no prédio de um estabelecimento comercial desativado na rua Fernando Costa, no bairro das Bandeiras. A reportagem esteve no local momentos após a conclusão da perícia naquela tarde.
Consta na denúncia do Ministério Público que Oliveira teria decidido matar Almeida, após descobrir que ele estaria se relacionando com a companheira dele. Armado com uma faca, o réu foi até esse imóvel, onde a vítima costumava dormir, e desferiu vários golpes, causando ferimentos no peito e no braço esquerdo.
Preso
Após o crime ele fugiu e deixou a faca que havia utilizada, fincada em um saco de lixo nas imediações. Almeida morreu no local e, com auxílio de imagens de câmeras de monitoramento, a Polícia Militar conseguiu encontrar a faca e localizar o réu na praça Olímpica. Ele foi preso em flagrante e confessou a autoria.
Ouvida pela polícia, a companheira do réu negou que tivesse sido a motivação do crime, alegando que as partes haviam brigado por causa de drogas. Ouvido em juízo, Oliveira disse que havia flagrado a vítima e a esposa deles juntos duas vezes. Ele teria conversado com ela a respeito, mas a mulher teria negado.
Reagiu
Ainda na versão dele, no dia do assassinato, ao sair para trabalhar, disse à companheira que a procuraria às 14h para realizarem um serviço juntos. Ao retornar para casa ele não a encontrou e, ao procurá-la, viu a vítima debaixo da varanda da livraria desativada e foi conversar com ela.
O réu alegou que nesse momento ouviu a voz da companheira dele, desconfiou e Almeida teria jogado no chão uma bolsa que carregava, tendo em seguida partido para cima dele. Ele disse ainda que era Almeida que estava com a faca, mas conseguiu desarmá-lo e golpeá-lo duas vezes.
Por fim, afirmou que não teria fugido, pois apenas teria deixado o local após o crime para varrer a frente da casa dele, que ficava nas imediações, e que que havia feito uso de crack e de bebidas alcóolicas antes de cometer o crime.
O julgamento está marcado para as 9h de quinta-feira, no Fórum de Araçatuba, e o réu aguarda julgamento preso. Ele foi denunciado por homicídio simples.