Justiça & Cidadania

Acusado de agredir a companheira é condenado por lesão corporal

Foi denunciado por tentativa de feminicídio, mas jurados acataram a tese da defesa pela desclassificação do crime
Lázaro Jr.
15/08/2024 às 18h37
Foto: Ilustração/Divulgação Foto: Ilustração/Divulgação

O Tribunal no Júri de Araçatuba (SP) condenou Ivan Henrique da Silva Bento a 1 ano e 8 meses de prisão, por ter agredido a então companheira dele, crime ocorrido em outubro de 2019. Ele foi denunciado por tentativa de homicídio, porém, durante o julgamento, nesta quinta-feira (15), os jurados acataram a tese da defesa e declassificaram o crime para lesão corporal.

 

O réu, que chegou a ficar 2 anos preso, aguardava julgamento em liberdade. Ele teve a defesa feita pelo advogado Marco Antonio Serelepe Ferreira e a sentença foi proferida pelo juiz Carlos Gustavo de Souza Miranda, que determinou o regime aberto para início do cumprimento da pena.

 

Denúncia

 

Segundo a denúncia, o casal residia no bairro São José, convivia havia cerca de 1 ano e 4 meses e tinha um filho com 3 meses de vida. Bento seria usuário de bebidas alcoólicas e de entorpecentes e constantemente agrediria a companheira.

 

Ele havia sido preso em flagrante duas semanas antes, após ameaçar e agredir a companheira, mas havia sido beneficiado com a liberdade provisória durante audiência de custódia.

 

Agressões

 

As agressões contra a jovem que resultaram na denúncia teriam iniciado na noite 1º de outubro de 2019, após o réu ter chegado em casa embriagado. Ele teria se apossado de um facão de cortar cana e passado a fazer ameaças de morte à vítima.

 

Durante a madrugada seguinte a mulher teria recebido socos, chutes no corpo e no rosto e teve o punho e as costas feridos com cortes de facão. As agressões teriam se repetido pela manhã, tanto na rua, como dentro da residência do casal.

 

Desta vez a vítima teria recebido golpes com a lateral do facão, puxões de cabelo, tapas no rosto, além de ter sido agarrada pelo pescoço, esganada e teve a cabeça batida contra a parede.

 

Preso

 

Ele foi preso por policiais militares que foram acionados e surpreendido quando ainda segurava o pescoço da companheira com as mãos.

 

Durante o julgamento, o promotor de Justiça Adelmo Pinho pediu a condenação de acordo com a denúncia. Apesar de os jurados terem acatado a tese da defesa, a Promotoria de Justiça não deverá recorrer da sentença.

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