Esporte

Penapolense ainda não sabe se irá disputar a Série A4 em 2025

AEA poderia herdar vaga em caso de desistência de algum time; “hoje temos 90 % de chance de não participar”, afirma presidente do Conselho Deliberativo do CAP
Lázaro Jr.
03/09/2024 às 11h22
Nilso Moreira informa que hoje há 90% de chance do Penapolense não disputar a Série A4 em 2025 (Foto: Rodrigo Corsi/FPF) Nilso Moreira informa que hoje há 90% de chance do Penapolense não disputar a Série A4 em 2025 (Foto: Rodrigo Corsi/FPF)

A diretoria do Clube Atlético Penapolense ainda não sabe se o time irá disputar a Série A4 do Campeonato Paulista em 2025. Em caso de desistência de qualquer time, a FPF (Federação Paulista de Futebol) pode convidar um substituto. Antes do Conselho Técnico da federação, os clubes são convovados para confirmar a participação ou não.

 

Colorado Caieiras e Paulista de Jundiaí ficaram com as duas vagas destinadas ao campeão e vice da Segunda Divisão, a Bezinha, ao se classificarem para a final no último sábado. A AEA, que teve a melhor campanha entre os semifinalistas, poderia ser a equipe convidada para a vaga, caso a diretora do CAP realmente peça licença do futebol profissional em 2025.

 

A reportagem falou com o presidente do Conselho Deliberativo do Penapolense, Nilso Moreira, que confirmou essa possibilidade. “Estamos buscando parceiros e se não encontrarmos, provavelmente vamos pedir licença do profissional” , informa.

 

Ainda de acordo com ele, essa decisão deve ser tomada em reunião do Conselho Deliberativo com o novo presidente do clube, que deverá assumir em outubro, após as eleições municipais. “Hoje temos 90% de não participar. Está é a realidade” , afirma.

 

Dificuldade de parceiros

 

O principal motivo para essa possível desistência da disputa do campeonato é a dificuldade de conseguir parceiros que ajudem a custear as despesas do time, segundo Nilso Moreira.

 

Ele era o presidente do clube no primeiro semestre deste ano e afirma que a situação financeira do Penapolense só não é pior porque ele bancou sozinho a manutenção do time nos últimos três anos, quando foram consumidos em média, R$ 2 milhões por ano. “Impossível continuar assim. Isso não é um investimento, pois nunca vou ver esse dinheiro de volta” , argumenta.

 

Recuperação judicial

 

Perguntado se existe alguma tratativa para o Penapolense se tornar SAF, que é um clube empresa, como tem ocorrido com vários times pelo Brasil, Nilso Moreira informa que no momento essa não é uma possibilidade. “SAF ainda não. Estamos buscando recuperação judicial” , informa.

 

Ele explica que atualmente está sendo feito um levantamento da dívida do clube, que deve girar entre R$ 1,5 a R$ 2 milhões.

 

Juntar forças

 

O presidente do Conselho Deliberativo do CAP destacou o bom trabalho realizado pela AEA na Bezinha deste ano, quando a equipe retornou ao futebol profissional. E elogiou a torcida, que compareceu em grande número para prestigiar as partidas no estádio municipal Adhemar de Barros, o que não aconteceu em Penápolis nos últimos anos.

 

Em média, o estádio de Araçatuba recebeu cerca de 4 mil torcedores por jogo e conseguiu reunir 6,5 mil torcedores na partida semifinal do último sábado. “Juntando todo o público nosso na A4 deste ano, nos sete jogos não deu 2 duas mil pessoas no estádio” , comenta Nilso Moreira.

 

Ele conta que torceu pela AEA e continuará torcendo e ajudando, como aconteceu neste ano com o empréstimo do zagueiro Pablo, que é do Penapolense.

 

Por fim, Nilso Moreira diz ser favorável a uma fusão entre o CAP, o Bandeirante de Birigui e a AEA, para formar um clube forte que tenha condições de jogar as divisões maiores do Campeonato Paulista e um campeonato brasileiro. “A cidade sede seria Araçatuba. Precisamos esquecer as rivalidades e juntar forças” , finaliza.

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