Educação

Nove em cada dez estudantes confiam em seus professores

81% dos alunos contam que não possuem problemas na relação com seus professores, enquanto que apenas 19% discordam dessa afirmação
Da Redação
15/10/2023 às 10h22
Lais Freitas é professora de língua portuguesa do Ensino Fundamental e Médio em Embu-Guaçu (Divulgação)  Lais Freitas é professora de língua portuguesa do Ensino Fundamental e Médio em Embu-Guaçu (Divulgação) 

Nove em cada dez estudantes afirmam confiar em seus professores e 87% os enxergam como exemplos positivos, segundo pesquisa Educação na perspectiva dos estudantes e suas famílias, realizada pelo Datafolha a pedido do Itaú Social, Fundação Lemann e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

 

O estudo também mostra que os docentes têm boa proximidade com os estudantes, pois 81% dos alunos contam que não possuem problemas na relação com seus professores, enquanto que apenas 19% discordam dessa afirmação. Os períodos de Alfabetização e Anos Iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) têm maior facilidade no relacionamento (87% e 86%) em comparação com os Anos Finais (6º ao 9º ano) e Ensino Médio, com 77% e 78%, respectivamente.

 

Na interação com as famílias, 72% dos estudantes e seus familiares responderam que contam com os professores para esclarecer dúvidas, com percentuais mais altos entre os alunos de Alfabetização (78%) e Anos Iniciais (77%). Os docentes da região Sul aparecem como os mais receptivos, com 82%; em contrapartida, na região Norte essa prática ocorre com menor frequência, registrando 67%.

 

Para 87% dos responsáveis dos estudantes, os docentes conhecem muito ou em parte as dificuldades de aprendizado de cada um de seus alunos. Segundo o estudo, os professores da região Sul são quem tem maior percepção, com 93%. O Nordeste se aproxima com 90% e aparecem na sequência as regiões Centro-Oeste (86%), Norte (86%) e Sudeste (83%).

 

Esse reconhecimento pode ser justificado pelas atividades realizadas nas escolas, em que 91% dos familiares argumentam que elas ajudam a criar uma relação de confiança entre ambos. Na região Norte, esse índice é de 95%, seguido do Sul (94%) e Nordeste (93%). Centro-Oeste e Sudeste aparecem praticamente empatados, com 88% e 87%, respectivamente.

 

“A motivação dos professores em elaborar soluções criativas para tornar as aprendizagens mais atrativas é reconhecida aos olhos dos estudantes, que, por sua vez, correspondem se engajando na dinâmica da matéria. Essas iniciativas marcam a trajetória escolar de crianças, adolescentes e jovens, fazendo com que o aluno observe uma perspectiva mais ampla de sua vida”, afirma a coordenadora de Educação Infantil do Itaú Social, Juliana Yade, que também atuou durante oito anos como professora do Ensino Fundamental.

 

Professor: a chave da transformação

 

Para o Dia do Professor, 15 de outubro, elencamos histórias de professores de todo o país que têm transformado o cotidiano escolar. Apesar dos desafios, o entusiasmo pela docência é o que os move, para, inclusive, trazer inovações para a sala de aula. 

 

Batalhas de rimas despertam interesse do estudante na leitura 

 

Despertar o interesse dos estudantes pela literatura por meio da arte foi o objetivo da professora de língua portuguesa Laís Freitas. Com seu projeto “Slam” e a realização de saraus dentro da escola, os adolescentes se encantaram e passaram a consumir obras literárias e a escrever poesias, seja para participar dos eventos culturais ou até para registro pessoal.

 

Livros com personagens negros elevam autoestima de crianças na Educação Infantil

 

Dados da “Avaliação da Qualidade da Educação Infantil”, desenvolvido pelo Itaú Social e pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, mostram que as relações raciais são pouco exploradas na pré-escola e creche. Compreendendo essa lacuna, a professora de Educação Infantil Shirley Borges desenvolveu um projeto na sua escola envolvendo os livros de personagens negros distribuídos pelo programa Leia com uma criança, do Itaú Social. Segundo a docente, ao se reconhecerem nas histórias, as crianças elevaram sua autoestima e puderam projetar sonhos maiores de carreira e de vida. 

 

Crianças da pré-escola do litoral paulista brincam por meio da literatura

 

A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) prevê seis experiências que proporcionam o desenvolvimento da criança: o conviver, o participar, o explorar, o expressar, o conhecer-se e o brincar, sendo essa última utilizada com frequência pela professora Susana Leite. A docente utiliza as gincanas para apresentar aos estudantes o universo da literatura e, por consequência, os prepara para o início da alfabetização no Ensino Fundamental.

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