Sete adolescentes que cumprem medida socioeducativa na Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) em Araçatuba (SP) participam da 5.ª Olimpíada do Oceano (O2).
Ao todos, 289 adolescentes farão as provas, que serão aplicadas em formato online, nos dias 25, 26 e 27 de setembro, nas salas de informática de 27 centros socioeducativos da capital, região metropolitana, litoral e interior do Estado.
A Olimpíada do Oceano contempla três modalidades: Conhecimento, Projeto Socioambiental e Produção Artística, Cultural e/ou Tecnológica. Os adolescentes da Fundação Casa participarão na modalidade Conhecimento.
Múltipla escolha
Trata-se de uma disputa individual em formato de perguntas de múltipla escolha que combina conteúdos escolares tradicionais como matemática, ciências, história e português, com questões sobre o oceano, mudanças climáticas, biomas brasileiros e a relação entre o mar e o bem-estar humano.
O nível de dificuldade e o número de questões são adaptados à idade e ao estágio de escolaridade de cada participante, garantindo igualdade de condições.
Também participam representantes de centros em Atibaia (4), Bauru (15), Botucatu (38), Campinas (8), Cerqueira César (28), Franco da Rocha (2), Irapuru (18), Itaquaquecetuba (9), Jacareí (1), Limeira (3), Mogi Mirim (20), Mongaguá (2), Piracicaba (6), São José do Rio Preto (3), São José dos Campos (23), São Paulo (48), São Vicente (2), Sorocaba (46) e Taubaté (6).
Experiência única
Para a gerente de Governança da Educação da Fundação Casa, Neuza Flores, essa ampla participação proporciona uma experiência educativa única. "A Olimpíada conecta conhecimentos tradicionais ao tema da cultura oceânica, ampliando as perspectivas dos jovens e ressignificando o espaço escolar", comenta.
A avaliação será feita pela soma dos acertos, com pontuação mínima de 50% para a obtenção de medalhas nas categorias bronze, prata e ouro. Na edição anterior, 167 adolescentes da Fundação Casa foram premiados, reforçando o protagonismo juvenil e a capacidade desses jovens de se destacarem em competições nacionais.
Bolsas
A competição também oferece premiação para estudantes de escolas públicas, com 90 bolsas de ICJ (Iniciação Científica Júnior) do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Cada bolsa terá vigência de oito meses, no valor de R$ 300,00 por mês, permitindo que os jovens desenvolvam projetos sobre cultura oceânica em suas escolas.
Os resultados da O2 2025 serão divulgados durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá entre 10 e 21 de novembro, em Belém, no Pará.
Conscientização ambiental
Para a presidente da Fundação Casa, Claudia Carletto, a participação dos adolescentes vai muito além de provas e medalhas. De acordo com ela, a Olimpíada do Oceano oferece uma oportunidade para os adolescentes conectarem o conhecimento escolar com a conscientização ambiental.
“Nosso papel é reintegrar esses jovens à sociedade, mostrando que eles têm voz, capacidade e responsabilidade para contribuir com um mundo mais justo e seguro. Essa experiência mostra que aprender pode ser divertido, dinâmico e transformador".
A Olimpíada é promovida pelo programa Maré de Ciência, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e a Unesco. A participação na O2 reforça o compromisso da Fundação Casa com uma educação socioeducativa de qualidade, o protagonismo juvenil e a formação de adolescentes conscientes, engajados e preparados para contribuir com a sociedade.