Residentes de Medicina Veterinária da Unesp de Araçatuba (SP) apresentaram nesta quinta-feira (12), balanço das ações educativas do projeto Fora Leish, desenvolvidas em escolas da cidade.
O projeto educativo com objetivo de conscientizar crianças e adolescentes sobre a leishmaniose visceral e sobre a importância do uso de coleiras repelentes, atingiu 1.543 alunos de nove escolas municipais, estaduais e privada.
A ação aconteceu entre os dias 5 de maio e terminam nesta sexta-feira (13). Foram atendidos alunos do 1º ao 9º ano do ensino fundamental. As atividades contemplaram unidades escolares das regiões Centro, São Vicente e Umuarama, territórios prioritários das ações de encoleiramento da campanha Fora Leish.
Metodologia
Segundo as médicas veterinárias e residentes Maria Eduarda Roselli Silvério e Tayná Giovanna Alaniz, as ações incluíram uma conversa descontraída, apresentação de vídeo educativo elaborado pelos residentes e uma roda de conversa com as crianças.
“De forma lúdica, conversamos sobre o que é leishmaniose visceral, a importância dos cuidados com os animais, os impactos da doença na saúde pública e como funciona a campanha Fora Leish”, informou Maria Eduarda. De acordo com ela, houve bastante interesse das crianças, sendo uma ação considerada bem produtiva.
Também participaram do projeto os residentes Aimée Pecoraro Silva de Carvalho Gomes, Luene Buaro Pessoa Pereira, Natália Babolim Pereira, Carolina Sunhiga Meduri, Vitória Cristina da Silva Sousa, Igor dos Santos Barbosa, Gabriela Sousa Vechi e Eliana Yurika Kimura.
Região endêmica
O secretário municipal de Saúde, Daniel Martins Ferreira Júnior, explicou que Araçatuba é uma região endêmica de leishmaniose canina e humana e reforçou esse cuidado é importante que trata-se de uma doença que causa mortes. “Nossa meta com o Fora Leish é diminuir a incidência da doença em cães na cidade”, afirmou.
Segundo balanço do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) no primeiro ciclo, realizado de junho a novembro de 2024, foram encoleirados 22.638 cães, superando a meta inicial de 16.900 animais. O número representa cobertura de 90% dos cães nas áreas trabalhadas.
Já o segundo ciclo teve início em dezembro do ano passado e, até maio deste ano, foram realizadas 10.083 trocas de coleiras, atingindo 48% do total previsto. Do total de cães estimados na cidade, 73% estão protegidos contra a leishmaniose visceral. O terceiro ciclo começa na segunda quinzena de julho.