Economia

Faixa 1 do Desenrola Brasil será em setembro – veja cuidados antes de aderir

O Ministério da Fazenda prevê que, ao todo, 70 milhões de brasileiros sejam atendidos pelas duas faixas da medida. Fernando Haddad classificou a iniciativa como um "programa que lida com a pandemia
Da Redação
31/08/2023 às 16h38

O Ministério da Fazenda anunciou que as empresas têm até 9 de setembro para aderirem a nova fase do programa Desenrola Brasil, criado pelo governo federal para permitir a renegociação de dívidas de empresas. Nesta etapa, chamada de faixa 1, poderão ajustar a situação financeira os consumidores que atendam aos critérios de renda de até R? 2.640 (equivalente a dois salários-mínimos) ou estejam inscritas no Cadastro Único do governo federal.

 

O programa abrange a renegociação de dívidas financeiras e não financeiras, com valores de até R? 5.000, que tenham sido contraídas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022. O processo de renegociação em si será disponibilizado no site do programa após o final de setembro, mas a data exata ainda não foi definida.

 

A busca pelas oportunidades do Desenrola Brasil é positiva, mas existem alguns pontos de atenção em relação ao programa, como é o caso de melhores taxas de juros e definição mais clara dos conteúdos de educação financeira que serão disponibilizados para que aderir à Faixa 1, além de ampliar a necessidade desse conteúdo para todos.

 

"Todo programa que busca a melhoria de vida dos brasileiros é pertinente. Esse tem como lado interessante o fato de buscar dar suporte a um amplo grupo que possuem rendimentos menores e por ter um limite interessante no valor das dívidas de R? 5 mil”, analisa o presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (ABEFIN), Reinaldo Domingos.

 

Contudo, ele complementa que é preciso ir além do que observamos em outras ações do passado. “É claro que apenas ações de renegociação de dívidas não surtem um efeito efetivo a médio e longo prazo. As pessoas resolvem o problema momentâneo e voltam a se endividarem", alerta

 

Outro ponto é que o programa pode apresentar riscos para a população devido a alguns pontos, como a alta taxa de juros em 1,99% ao mês. Essa taxa pode ser considerada alta em comparação ao formato do programa e a garantia que oferece, podendo onerar a população.

 

Por exemplo, uma dívida de 5 mil reais, ao fim do período de pagamento de sessenta meses o valor a ser pago será de 8.609 reais, praticamente dobrando o valor original. Esse acréscimo ocorre devido aos juros compostos, onde os juros são calculados não apenas sobre o valor inicial da dívida, mas também sobre os juros acumulados anteriormente. Esse efeito pode resultar em um aumento significativo do valor da dívida ao longo do tempo.

 

Portanto, é compreensível a preocupação uma vez que as altas taxas de juros podem dificultar ainda mais a capacidade das pessoas de quitarem suas dívidas. O programa deve começar a valer somente em julho, quando os credores poderão começar a se cadastrar em uma plataforma. Somente após esta etapa os endividados poderão renegociar as dívidas com descontos.

 

"O que me preocupa é que a portaria até cita a questão de ter educação financeira para a Faixa 1 do programa, mas não tem determinado qual o tipo de conteúdo a ser fornecido para esses inadimplentes. Ocorre que, ao não ter um suporte educacional adequado, esse projeto tende a fazer com que os acordos não sejam cumpridos pelos brasileiros ou que novos descontroles ocorram no decorrer do tempo", complementa o presidente da ABEFIN.

 

O Ministério da Fazenda prevê que, ao todo, 70 milhões de brasileiros sejam atendidos pelas duas faixas da medida. Fernando Haddad classificou a iniciativa como um "programa que lida com a pandemia".

 

Reinaldo Domingos usa como exemplo de ações que podem ser tomadas o fato de atualmente muitas empresas que oferecem crédito consignado para funcionários, atualmente proporcionam antes conteúdos de educação financeira. "Com isso as pessoas que tomam esse crédito se programam melhor e ajustam as contas para uma nova realidade. O melhor é que esses conhecimentos são levados para toda a vida, proporcionando um futuro mais próspero", explica.

 

Com base nesse exemplo, o presidente da ABEFIN avalia que o Governo Federal poderia associar esse programa a ações que visam a educação do comportamento financeiro da população.

 

"Com esse aprendizado, esses brasileiros farão negociações conscientes. Isso evita novos problemas futuros e até mesmo combate a possível dilapidação do patrimônio público. Lembrando que, como garantia contra calote, o Governo Federal deve usar um fundo garantidor de cerca de R? 10 bilhões", alerta Reinaldo Domingos.

 

Embora o programa Desenrola Brasil possa trazer alívio imediato aos endividados, é necessário reconhecer que, sem a devida educação financeira, a tendência é que muitos voltem a se endividar no médio e longo prazo. Portanto, é crucial que sejam implementadas ações complementares que promovam a conscientização financeira e a mudança de comportamento das pessoas, visando um futuro mais próspero e sustentável.

 

O programa pode apresentar riscos para a população devido a alguns pontos, como a alta taxa de juros em 1,99% ao mês. Essa taxa pode ser considerada alta em comparação ao formato do programa e a garantia que oferece, podendo onerar a população.

 

Por exemplo, uma dívida de 5 mil reais, ao fim do período de pagamento de sessenta meses o valor a ser pago será de 8.609 reais, praticamente dobrando o valor original. Esse acréscimo ocorre devido aos juros compostos, onde os juros são calculados não apenas sobre o valor inicial da dívida, mas também sobre os juros acumulados anteriormente. Esse efeito pode resultar em um aumento significativo do valor da dívida ao longo do tempo.

 

Portanto, é compreensível que a população fique preocupada com esse programa, uma vez que as altas taxas de juros podem dificultar ainda mais a capacidade das pessoas de quitarem suas dívidas. Isso pode levar a um ciclo de endividamento, onde a pessoa paga apenas os juros e tem dificuldade em reduzir o valor principal da dívida.

 

A DFlix, primeiro Streaming de Educação Financeira do Brasil, desenvolveu e disponibilizou gratuitamente o curso Desenrola Brasil - Aprenda os prós e contras antes de aderir. O conteúdo foi preparado para proporcionar uma visão estratégica aos interessando em aderir ao programa que visa limpar o nome de brasileiros inadimplentes. Com isso os participantes poderão aderir de forma adequada ao programa e também se organizarão para o pagamento dos compromissos assumidos.

 

Assim, esse curso é essencial para todos aqueles que desejam aderir ao programa "Desenrola Brasil" e também para aqueles que não precisam. Afinal, ele fornecerá orientações para que essa medida seja efetiva e realmente transforme a saúde financeira das pessoas.

 

Ao se inscrever, você terá acesso a 4 módulos que transformarão a visão sobre finanças pessoais. O curso estará disponível durante o período do programa, por isso da importância de realizar o quanto antes. O conhecimento adquirido neste curso gratuito pode mudar definitivamente as vidas financeiras.

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