Economia

Birigui terá quase R$ 10 milhões para investir em estudos de transição energética

Município foi um dos 34 do Estado que tiveram projetos aprovados em chamamento da Fapesp para receber um Centro de Ciência para o Desenvolvimento
Lázaro Jr.
01/10/2025 às 10h44
Anúncio feito pelo assessor da Fapesp, Milton Flavio Lautenschlager (Foto: Lázaro Jr.) Anúncio feito pelo assessor da Fapesp, Milton Flavio Lautenschlager (Foto: Lázaro Jr.)

Birigui é uma das cidades contempladas em chamamento público da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), para receber um CCD (Centro de Ciência para o Desenvolvimento). O anúncio foi feito na segunda-feira (29) e apresentado ao público local durante o 3º Café Empresarial, realizado na manhã desta terça-feira (30) no auditório do Sinbi (Sindicato das Indústrias do Calçado e Vestuário de Birigui).

 

Segundo o que foi divulgado, ao todo, serão investidos R$ 256,4 milhões pela fundação. Birigui terá direito a quase R$ 10 milhões desse montante e o CCD local terá como finalidade, promover estudos de transição energética.

 

O anúncio durante o evento em Birigui foi feito pelo assessor da Fapesp, Milton Flavio Lautenschlager, que explicou que esse programa teve início em 2019, com chamamentos de projetos para desafios do Estado. Somente em 2023 foi estendido para os municípios apresentarem projetos.

 

USP

 

De acordo com ele, a USP (Universidade de São Paulo) é a principal colaboradora e o projeto de Birigui, voltado para a transição energética, será executado em parceria com a Escola Politécnica da USP. “Um projeto que é amplo, porque não apenas fala da transição energética, mas leva em conta uma série de outros desafios associados, como o tratamento dos resíduos, inclusive industriais, tem uma preocupação em construção de carbono neutro, desenvolver inclusive novos materiais que possam ser utilizados”, explicou.

 

Ele comentou que pouco mais de dez municípios foram contemplados com projetos do tipo no Estado e que a parceria terá uma repercussão muito grande, contribuindo para a mudança do patamar de Birigui. “Eu tenho certeza que isso vai oferecer a Birigui uma oportunidade muito grande para que a cidade se desenvolva de maneira diferente do que vem sendo feito hoje, porque apoiado pela ciência. E essa nova iniciativa, seguramente projeta Birigui, juntamente com o novo hospital, num novo patamar”, afirmou.

 

Prazo

 

No caso de Birigui, o convênio é válido pelo período de cinco anos e ele ainda será assinado. Esse prazo inclui a fase de implantação, de organização e de seleção de empresas parceiras, o que de acordo com Lautenschlager, deve levar todo ano de 2026.

 

“Mas a gente está muito esperançoso de que esse projeto tenha um bom resultado e que os resultados que forem alcançados possam ser reproduzidos e aproveitados por outras cidades da região e do Estado de São Paulo”, comentou.

 

Oportunidade

 

O assessor da Fatesp infomou que em breve será lançado um novo edital e alertou os demais municípios, para que também apresentem projetos. “É preciso identificar problemas que são desafiadores, que precisam ser desenvolvidos, mas que precisam de um apoio adicional acadêmico, universitário, científico para que ele possa ser resolvido, como acontecerá aqui com a transição energética”, explicou.

 

Lautenschlager comentou que é muito comum que os municípios não saibam como buscar essa parceria e que o objetivo é ajudar a encontrar eventuais parceiros, pois os projetos permitem inclusive em formação de técnicos e qualificação de mão de obra.

 

As Prefeituras contempladas precisam dar uma contrapartida, que não precisa ser necessariamente uma quantia financeira efetiva. No caso de Birigui, por exemplo, a contrapartida é infraestrutura. O município terá que disponibilizar um local que possa ser utilizado como sala de reuniões, por exemplo, e funcionários para atuarem pelo projeto. “Birigui não vai ter que colocar dinheiro”, afirmou.

 

Programa

 

Segundo a Fapesp, os projetos selecionados têm como objetivo propor soluções para desafios de gestão enfrentados por 17 secretarias e órgãos do governo do Estado, além de outras entidades públicas municipais. A duração das pesquisas pode variar de 2 a 5 anos. 

 

Com o anúncio feio na segunda-feira, a fundação passa a apoiar, no total, 83 CCDs, que reúnem pesquisadores de universidades e institutos de pesquisa paulistas, gestores de órgãos estaduais e municipais, além de representantes de empresas e organizações não governamentais (ONGs).

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