Páscoa, uma das principais datas do varejo alimentar brasileiro, tem tudo para ser mais doce este ano. A APAS (Associação Paulista de Supermercados) projeta que as vendas de chocolates (incluindo os ovos de Páscoa) deverão crescer 4,5% em relação ao ano anterior. No que diz respeito aos preços dos chocolates, houve uma leve alta de 3,8% no ano passado, mas ainda assim abaixo da inflação brasileira, que ficou em 4,5%.
Felipe Queiroz, economista-chefe da APAS, explica que a projeção de crescimento nas vendas está apoiada na melhora dos indicadores de emprego, crédito e renda. “Os dados de mercados de trabalho divulgados pelo IBGE apontam que o país encerrou 2023 com a menor taxa média de desemprego desde 2014. Os programas governamentais de combate à inadimplência, sobretudo das famílias de menor renda, têm surtido efeito, de modo que a inadimplência das famílias e, não menos importante, o comprometimento mensal da renda das famílias com o serviço da dívida, isto é, pagamento de juros, tem caído”, comenta.
Para Queiroz, a continuidade do ciclo de redução da taxa Selic contribui duplamente com o setor supermercadista, tanto por diminuir o custo do crédito às famílias quanto por incentivar, ainda que moderadamente, a retomada dos investimentos e do consumo.