Cultura & Turismo

Sesc Birigui realiza oficina de arte de rua neste sábado e domingo

Participantes aprenderão a técnica do estêncil e lambe-lambe, tendo como foco empoderamento, negritude, periferia e vida da juventude
Da Redação
06/04/2024 às 11h23
Ação será comandada pela educadora e artista visual Ana Paula Resende (Foto: Divulgação) Ação será comandada pela educadora e artista visual Ana Paula Resende (Foto: Divulgação)

Um mergulho na arte urbana como ferramenta de expressão e manifesto. Essa é a proposta da oficina Arte de rua: juventude em manifesto através do estêncil e lambe-lambe, ministrada pela educadora e artista visual Ana Paula Resende. A atividade acontece neste sábado (6) e domingo (7), das 15h às 17h, no Espaço de Tecnologias e Artes, do Sesc Birigui, e é gratuita, com distribuição de senhas 30 minutos antes.

 

Com foco em temas como empoderamento, negritude, periferia e vida da juventude, os participantes aprenderão a técnica do estêncil, ferramenta que permite reproduzir imagens e textos de forma rápida e precisa, considerada ideal para transmitir mensagens poderosas em espaços públicos frequentados pela comunidade. Com latas de spray, papel e cola, os jovens criarão seus próprios manifestos visuais.

 

De acordo com a educadora, o estêncil e o lambe-lambe são práticas diferentes, mas no formato da oficina estarão completamente ligadas uma à outra. A prática do estêncil será feita em um papel flipchart, ocasionando naturalmente uma espécie de pôster/lambe-lambe, fazendo com que o público tenha a experiência das duas linguagens da arte urbana ao final.

 

Atividade

 

Voltada para o público acima de 12 anos, a atividade dura em média três horas e será dividida em quatro etapas. A primeira parte é uma roda de apresentação: “quem somos, de onde somos, o que fazemos, com que sonhamos?”, adianta Ana Paula.

 

A segunda etapa consiste numa introdução à prática do estêncil, com explicações de como iniciou esse movimento, motivos e exemplos. A terceira parte também gira em torno de debate sobre o que se pode dialogar com o território através dessa prática. Por fim, a quarta etapa é a utilização do spray e suas técnicas.

 

Para Ana Paula, a classe trabalhadora está nas ruas o tempo inteiro. Assim, os muros se transformam em lousas de aprendizagem. Quando se cria um estêncil que provoca aprendizado, é uma forma pedagógica de fazer o outro refletir.

 

Como exemplo, ela cita um estêncil que é um trecho de música bem atemporal: “Eu só quero ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci”. “Eu leio eles em alguns muros e simplesmente devolvo mentalmente: realmente!”, exemplifica a educadora.

 

“A arte do estêncil e do lambe-lambe é afago, aconchego, provocação e ocupa os lugares de propagandas enganosas e/ou escandalosas que causam angústias e desesperos no cotidiano da periferia”, resume.

 

A educadora

 

Natural do Grajaú, zona sul de São Paulo, Ana Paula tem 28 anos, é educadora no Espaço de Tecnologia e Artes do Sesc Interlagos, além de grafiteira e artista visual. Formada em Artes Visuais, dedica-se há uma década à linguagem da arte urbana, ministrando oficinas para crianças e adolescentes com paixão e comprometimento.

 

Arte de rua

 

A arte de rua é uma forma de expressão artística que utiliza os espaços públicos como suporte para obras de arte. Ela surgiu, segundo estudiosos, ainda na antiguidade, com os desenhos que gregos e romanos faziam para transmitir mensagens pelas ruas das cidades.

 

Começou a se espalhar pelo mundo na década de 1970, com o grafite em Nova York e nas ruas de São Paulo – curiosamente no período conturbado da Ditadura Militar. Desde então, assumiu diversas formas e linguagens, destacando-se pelo potencial de comunicação de forma direta e acessível.

 

Serviço
Arte de rua: juventude em manifesto através do estêncil e lambe-lambe
Dias 6 e 7/4. Sábado e domingo, 15h às 17h.
Espaço de Tecnologias e Artes (ETA).
Grátis. Senhas 30 minutos antes.

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