SP Sem Fogo: atenção redobrada para o risco de incêndios florestais

A chegada de uma forte massa de ar seco e quente, anunciada pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), desperta um alerta para o aumento do risco de incêndios florestais em São Paulo. O clima seco e a baixa precipitação deixam as folhas mais ressecadas e favorecem a propagação de queimadas com maior facilidade. De acordo com os dados do Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas, publicado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), no último mês, houve um aumento de 49% nas ocorrências de incêndio em comparação com o mesmo período de 2022.

A participação direta da população é fundamental para prevenir e reduzir a disseminação descontrolada de incêndios em áreas verdes, especialmente em condições climáticas extremas como esta. Portanto, é recomendável que as pessoas evitem o descarte inadequado de pontas de cigarro, especialmente em rodovias e áreas arborizadas. Essa prática, além de causar poluição, pode resultar em incêndios de grande proporção e acidentes de trânsito.

Também é aconselhável evitar a realização de fogueiras e queimas de lixo. As faíscas resultantes dessas atividades podem ser facilmente carregadas pelo vento, aumentando o risco de propagação das chamas. Para aqueles que residem em áreas rurais, é recomendável manter o terreno limpo e livre de materiais inflamáveis. Essa medida preventiva contribui para reduzir o risco de incêndios nas proximidades, protegendo tanto a propriedade quanto a comunidade local.

Em agosto de 2022, foram registrados 44 focos de incêndio, resultando na queima de 22 mil hectares de vegetação. No mesmo período de 2023, o Painel Geoestatístico registrou 89 incêndios. O aumento de 49% pode ser justificado pela diminuição na precipitação. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em agosto de 2022, foram registrados 37,2 mm de precipitação, enquanto em 2023, apenas 28,3 milímetros.

A Operação SP Sem Fogo visa, entre outras ações, reduzir os riscos associados aos focos de incêndio no Estado, principalmente durante o período mais seco do ano, de junho a outubro, na região Sudeste do país. A operação é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado, contando ainda com a colaboração do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Fundação Florestal (FF), Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).