A Prefeitura de Araçatuba realizou na noite de quarta-feira (13), uma nova audiência pública para apresentação dos estudos de viabilidade para a construção de um novo terminal rodoviário de passageiros na cidade.
O projeto prevê que a nova rodoviária será instalada na rua Manoel de Souza, no bairro São Rafael, em área próxima à via de acesso Etelvino Pereira dos Santos e ao trevo da rodovia Elyeser Montenegro Magalhães (SP-463).
Já foi realizada uma primeira licitação pela Prefeitura, quando eram previstos investimentos de R$ 7,6 milhões, mas não houve interessados. Na audiência desta quarta-feira os estudos de viabilidade econômica, financeira e jurídica em uma nova remodelação da concessão foram apresentados pelo diretor da empresa Geo Brasilis, José Roberto dos Santos.
Alteração
Ele explicou que o projeto foi elaborado para ser uma concessão pura, onde o investidor ou operador arcaria com as obras e infraestrutura. Porém, em decorrência da redução do número de passageiros embarcados, devido à pandemia da covid-19, foi necessária a remodelagem para PPP (parceria público-privada).
Segundo o que foi divulgado, o investimento previsto subiu para R$ 9,6 milhões. Agora, a Prefeitura deve repassar um valor mensal para subsidiar obras e a operação do novo terminal. Porém, esse valor não foi informado.
A concessão será pelo prazo de 30 anos, período em que a concessionária poderá explorar o espaço, ficando com o que for arrecadado com tarifas de embarque e serviços. Haverá ainda essa contraprestação por parte do município, cujo valor não informado.
A Prefeitura argumenta que hoje gasta quase R$ 1 milhão por ano em despesas com manutenção, segurança, limpeza, água e energia do atual terminal rodoviário.
Necessidade
A justificativa para a construção de uma nova rodoviária em Araçatuba, com a mudança de local, segue parâmetros técnicos e de órgãos de transportes estaduais, incluindo referências de terminais rodoviários de Campinas, Indaiatuba e Taubaté.
Santos argumenta que a rodoviária atual disputa espaço com a Prefeitura e não oferece conforto térmico, acústico, de circulação, de descanso e de segurança, com plataformas totalmente abertas, sem proteção aos ônibus, passageiros e bagagens em dias de muito sol ou chuva.
Ele acrescenta que o espaço não tem controle de quem acessa a plataforma de embarque, há pouca oferta de assentos, não há climatização e os banheiros são inadequados. Além disso, não há áreas de descanso e refeitório para motoristas e outros trabalhadores, de pequenas entregas, despachos, encomendas, guarda-volume, serviços de wi-fi, fraldário, escadas e rampas de acessibilidades adequadas.
“A nova rodoviária trará todos esses benefícios aos usuários e aos trabalhadores, além de oferta de serviços e comércios básicos, como de alimentação, farmácia, vestuário e acessórios e demais gêneros”, detalha.
Empregos
Também em nota, a secretária municipal de Administração, Mauriceia Muto, comenta que além da modernização de infraestrutura e serviços, a nova rodoviária irá gerar mais empregos, inovação e atratividade para o turismo, remodelação de logística e trânsito, além de novos setores econômicos. “Irá criar novos hábitos e espaços que gerarão interesse para visitantes, investidores e moradores da cidade”, afirma.
O processo foi aberto ao público em fevereiro, com acesso a todos os estudos e arquivos disponíveis para os interessados encaminharem perguntas e questionamentos. Essas informações foram lidas e respondidas durante a audiência pública, que também foi aberta para participações pelo chat do endereço do YouTube da Prefeitura.