Médico confirma que cirurgia de Jéssica foi um sucesso

“Gostaria de dizer que a cirurgia da Jéssica foi um sucesso, sem nenhuma intercorrência. A gente utilizou todas as tecnologias possíveis para um melhor resultado cirúrgico, como a neuronavegação, uso de aspirador ultrassônico, o que diminui o tempo de cirurgia, diminui o sangramento”.

As palavras são do neurocirurgião Rodrigo Mendonça, responsável pelo procedimento cirúrgico de urgência para remoção de um tumor no cérebro de Jéssica da Silva Dias, 29 anos, que contou com uma campanha para arrecadar dinheiro para o procedimento, que era considerado de urgência. A ação foi liderada pelo sargento André Souza, da Polícia Militar de Araçatuba.

O procedimento foi realizado em um hospital particular de Araçatuba na manhã de quinta-feira e, ainda segundo o especialista, o tumor foi ressecado completamente, mas será necessário aguardar de sete a dez dias para saber o resultado final do tipo de tumor.

Recuperação

Ele lembra que a paciente já teve um tumor na infância e exames irão mostrar se esse está relacionado a aquele ou ao tratamento de radioterapia que ela fez. “Felizmente ela já teve alta da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), está no quarto com a família, se alimentando sozinha, lúcida, coerente e sem nenhuma sequela neurológica”, informa.

Ainda de acordo com o médico, a expectativa é de que em dois dias no máximo, Jéssica receba alta e possa voltar para casa para dar sequência ao tratamento.

Gravidade 

A reportagem perguntou ao neurocirurgião sobre a gravidade do caso de Jéssica. Ele explica que ela tinha um tumor que estava causando edema e inchaço no cérebro. “Tem muitos pacientes que entram em coma num caso desse. Não tinha como prever quando isso iria acontecer. A extrema urgência seria se ela tivesse chegado em coma no hospital. No caso dela, a urgência era devido aos exames de imagem”, explica.

O médico conta que a paciente fez duas ressonâncias na semana passada, que mostraram que o tumor havia crescido no período, reforçando a necessidade da cirurgia, com risco iminente de ela entrar em coma e ter sequelas irreversíveis.

“Nós recebemos o exame dela na quarta-feira e desmarcamos toda a nossa agenda de hoje para operar e encaixamos ela com urgência 7h, como prioridade”, reforça, lembrando que será necessário aguardar a evolução da recuperação e o resultado da biopsia para definir o tratamento adequado.