Cotidiano

Mau cheiro na zona leste vem da Estação de Tratamento de Esgoto, segundo a Cetesb

O órgão exigiu que concessionária apresente um Plano de Melhorias Ambientais; problema estaria relacionado à secagem do lodo
Lázaro Jr.
20/01/2024 às 09h57
Origem seria do processo de secagem do lodo proveniente do tratamento do esgoto (Foto: Lázaro Jr./Arquivo) Origem seria do processo de secagem do lodo proveniente do tratamento do esgoto (Foto: Lázaro Jr./Arquivo)

A Cetesb (Companhia Ambiental de São Paulo) identificou a causa do mau cheiro que vem incomodando moradores em bairros da zona leste de Araçatuba (SP), como Umuarama, Pinheiros e Hilda Mandarino. Segundo a companhia, “a origem das substâncias odoríferas, perceptíveis pela população, principalmente na região leste da malha urbana de Araçatuba, é originada pela ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Baguaçu”.

 

A reportagem procurou novamente a Cetesb nesta semana, porque moradores em bairros nessa região seguem reclamando do mau cheiro que ocorre especialmente no período noturno, causando muitos incômodos, e pedindo infomações a respeito.

 

Duas matérias sobre o caso foram publicadas em novembro do ano passado e, ao ser consultada, a companhia ambiental informou que havia identificado empreendimentos “com potencial de geração de substâncias odoríferas com características que possam ser relacionados aos incômodos descritos”.

 

Na ocasião foi informado que as ações de fiscalização ainda não haviam identificado as fontes das emissões, mas novas inspeções seriam realizadas e seriam tomadas as medidas administrativas cabíveis, caso fossem verificadas desconformidades ambientais.

 

Tratamento de Esgoto

 

Diante de novas reclamações recebidas nos últimos dias, a reportagem procurou novamente a Cetesb, que apontou a ETE Baguaçu como sendo a responsável pelo odor. A unidade fica na via Agnaldo Fernando dos Santos, que liga os bairros da zona norte aos da zona sul.

 

Ela é operada pela GS Inima Samar, que em dezembro de 2021 inaugurou um secador de lodo proveniente do tratamento de esgoto. Segundo o que foi divulgado na ocasião, antes da instalação do sistema, 450 toneladas de lodo provenientes do tratamento de esgoto produzido na cidade eram levadas para o aterro sanitário.

 

Agora, ao passar pelo sistema de secagem antes de ser dispensado, o volume de resíduo cai para 90 toneladas e ele pode ser utilizado como fertilizante, não sendo mais destinado para o aterro.

 

Melhorias

 

A Cetesb informa que já procurou a GS Inima Samar e exigiu providências. “Considerando a fonte de incômodos, além das preocupações e inquietudes da população, a Cetesb exigiu da empresa, a apresentação de um PMA (Plano de Melhorias Ambientais), que contemple estudos e melhorias operacionais e/ou avanços tecnológicos ao equipamento de controle da poluição já existente no local”, informa a nota.

 

Ainda de acordo com o órgão ambiental, a concessionária informou que está elaborando o referido plano para apresentar proposta de otimização do equipamento de controle da poluição.

 

“A Agência Ambiental manterá a continuidade dos procedimentos administrativos de licenciamento, controle e fiscalização ambiental do empreendimento, a fim de que seja cumprida a legislação vigente, aliando o desenvolvimento ambientalmente sustentável e o equacionamento dos conflitos entre as atividades da empresa e o bem-estar público da população”, finaliza a nota.

 

Secagem

 

Procurada pela reportagem, a GS Inima Samar confirmou que, a pedido da Cetesb, está elaborando um Plano de Melhorias Ambientais com foco nas condições relacionadas a odores no processo de secagem de lodo.

 

A concessionária deixa claro que o problema não está relacionado ao tratamento de esgoto, processo este que atende todas as legislações vigentes. “A Samar vem atendendo às solicitações de informações da Cetesb, incluindo as explicações sobre os nossos processos e intervenções de manutenção”, informa.

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