Cotidiano

Grupo pede melhorias no atendimento de Saúde em Araçatuba

Familiares de pessoas que morreram recentemente no pronto-socorro fizeram manifestação na frente do prédio
Lázaro Jr.
18/06/2024 às 11h40
Ato aconteceu na manhã de segunda-feira (Foto: Lázaro Jr.) Ato aconteceu na manhã de segunda-feira (Foto: Lázaro Jr.)

O pronto-socorro municipal de Araçatuba (SP) foi palco de uma manifestação na manhã de segunda-feira (17), quando um grupo de pessoas se reuniu para cobrar melhorias no atendimento de Saúde na cidade. Entre os participantes estavam familiares de pacientes que teriam morrido recentemente durante atendimento no pronto-socorro. Eles traziam cruzes e cartazes com fotos desses pacientes.

 

É o caso de Ismar Oliveira, que morreu no dia 10 deste mês, durante atendimento no pronto-socorro. Participaram do ato a esposa dele, Maria Teresa, acompanhada da filha. Ela contou que no dia 3 ele procurou atendimento pela primeira vez, com falta de ar, foi constatado que estava com a saturação baixa, fez o exame de raio-X e de sangue e foi encaminhado para tomar oxigênio e medicação antes de ser liberado.

 

O paciente retornou no dia 8, com mesmos sintomas, agravados por fraqueza, pois não conseguia se alimentar, e queixando de dor que subia do pescoço para cabeça. Segundo Maria Teresa, a médica que fez o atendimento informou que o pulmão estava ruim, disse que ele precisaria ser encaminhado para a Santa Casa e novamente foi para medicação.

 

Porém, nesse período houve a troca de plantão e o médico que assumiu alegou que o exame de sangue estava bom, apesar do pulmão estar ruim, e ele poderia voltar para casa e fazer medicação, mesmo sendo informado que a médica o encaminharia para o hospital.

 

Piorou

 

O paciente foi mandado para casa e no dia 9 retornou para tomar a medicação no PS, pois estava sentindo muita falta de ar, mas mesmo assim mandaram ele de volta para casa. Segundo a esposa, o caso de negligência teria ocorrido no dia 10, pois o médico teria sido abordado o corredor, informado da gravidade do quadro, mas mandou o paciente aguardar.

 

“Teve enfermeira que bateu a porta na minha cara, colocaram a pulseira verde, estando ele com a saturação baixa e o pronto-socorro muito lotado, sabendo que iria demorar muito o atendimento”, argumentou.

 

Quando ele conseguiu entrar na sala de atendimento, quem estava de plantão era a mesma médica que havia informado que ele teria que ser internado na outra ocasião. Segundo Maria Teresa, enquanto a plantonista ligava na Santa Casa para solicitar a internação, o paciente teve uma parada cardiorrespiratória, foi encaminhado para a emergência e não teve mais tempo de fazer o atendimento.

 

Apuração

 

Procurada, a Prefeitura informou que a Secretaria Municipal de Saúde está tomando medidas de apuração internas relativas ao óbito e elas serão devidamente encaminhadas às comissões competentes.

 

O município afirma que no dia 10 foi realizado o encaminhamento, porém, o paciente apresentou instabilidade clínica e não havia condições de ser transportado.

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