Estagiários de enfermagem do Unisalesiano de Araçatuba (SP) que atuam na Santa Casa de Birigui participaram de uma aula sobre como aplicar o protocolo para a determinação da morte encefálica de um paciente para possível captação e doação de órgãos.
Ela foi ministrada na última sexta-feira (14) pelo coordenador da CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) do hospital, Márcio Roberto Teodoro, que falou sobre o trabalho da comissão e da OPO (Organização de Procura de Órgãos) de São José do Rio Preto.
A morte encefálica pode ser definida como a perda completa e irreversível das funções do encéfalo, parte que comanda todas as atividades do organismo. Quando a morte cerebral acontece, há perda das funções vitais, como da consciência e da capacidade de respirar.
Exames
eodoro explica que para a confirmação da morte encefálica são obrigatórios dois exames clínicos que confirmem o coma não perceptivo e ausência de função do tronco encefálico e um teste de apneia, feitos por dois médicos devidamente habilitados.
“Após os exames clínicos, um terceiro médico é chamado para realizar um exame complementar comprobatório de imagem, chamado de doppler transcraniano. Esse exame vai comprovar a ausência de fluxo sanguíneo no cérebro”, explica.
Confirmando a morte cerebral, a OPO é acionada e é feita abordagem com a família para fornecer as devidas orientações para uma possível captação de órgãos. “Nesta situação, apenas a família é quem pode autorizar ou não a doação”, reforça o coordenador da CIHDOTT.