Cotidiano

Eletrobras repassa R$ 147 milhões para ampliação de canal de Nova Avanhandava

Recursos foram definidos por comitê gestor coordenado pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional
Da Redação
16/06/2025 às 10h56
Dinheiro financia obras de ampliação e derrocamento no Canal de Nova Avanhandava (Foto: Divulgação) Dinheiro financia obras de ampliação e derrocamento no Canal de Nova Avanhandava (Foto: Divulgação)

A Eletrobras repassou na sexta-feira (13), R$ 147,7 milhões para a execução das obras de ampliação do canal de navegação de Nova Avanhandava (PAC), em Buritama (SP). Segundo o que foi divulgado, os recursos são referentes ao exercício de 2025 e garantirão a continuidade da intervenção na Hidrovia Tietê-Paraná, considerada estratégica para a convivência entre geração de energia e o escoamento da produção agrícola brasileira.

 

O repasse foi viabilizado por meio de um Termo de Compromisso firmado entre a Eletrobras e o Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística), assegurando o restante dos recursos financeiros necessários para a obra.

 

Desde que se tornou uma empresa privada, a Eletrobras passou a cumprir compromissos assumidos em sua capitalização, entre eles o repasse anual de recursos para programas de desenvolvimento regional e revitalização ambiental, previstos em lei. A aplicação desses recursos, originados da outorga paga pela empresa à União, é definida pelo governo federal, sob a coordenação dos Ministérios de Minas e Energia e da Integração e Desenvolvimento Regional. Essa ação representa uma resposta social à capitalização da empresa, alinhando desenvolvimento regional e sustentabilidade.

 

Em nota, o diretor de Relações Institucionais da Eletrobras, Bruno Eustáquio de Carvalho, explica que esse repasse é mais uma entrega concreta dos compromissos assumidos com a capitalização da Eletrobras. Ele acrescenta que o recurso viabiliza uma obra estruturante para o país, fruto da parceria entre diferentes entes, como o Ministério da Integração, o DNIT, o governo de São Paulo e a própria Eletrobras.

 

"É um esforço conjunto para melhorar a infraestrutura hídrica, fortalecer o desenvolvimento regional e gerar benefícios diretos à população. Trata-se da materialização de uma política pública que alia sustentabilidade, impacto social e cooperação federativa”, afirma .

 

Obras

 

As obras em andamento, conduzidas pelo governo do Estado, preveem a retirada de 552 mil metros cúbicos de rochas – volume equivalente ao de 600 piscinas olímpicas. O processo de derrocamento do pedral, iniciado em maio de 2023, envolve a fragmentação de rochas por explosão e deve ser concluído no primeiro semestre de 2026.

 

O objetivo é aprofundar o canal em 3,5 metros, numa calha com 60 metros de largura e 16 quilômetros de extensão. A intervenção também permitirá maior flexibilidade na operação das Usinas Hidrelétricas de Três Irmãos e Ilha Solteira, contribuindo tanto para a geração de energia quanto para a melhoria da navegação.

 

Com 2,4 mil quilômetros navegáveis, a Hidrovia Tietê-Paraná é um dos principais corredores logísticos do país. Ela conecta seis Estados – Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Goiás e São Paulo – e conta com 30 terminais intermodais para carga e descarga de produtos.

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