Cotidiano

DRS quer otimizar leitos de UTI na região para desafogar a Santa Casa de Araçatuba

Fila espera para cirurgias cardíacas tem pacientes que aguardam pelo procedimento desde 2018, segundo diretor do DRS-2
Lázaro Jr.
02/02/2025 às 07h59
O diretor do DRS-2 participou de encontro com prefeitos junto com o secretário estadual de Saúde (Foto: Lázaro Jr.) O diretor do DRS-2 participou de encontro com prefeitos junto com o secretário estadual de Saúde (Foto: Lázaro Jr.)

O DRS-2 (Departamento Regional de Saúde) de Araçatuba (SP) pretende otimizar a utilização das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) dos hospitais da região para desafogar os leitos da Santa Casa de Araçatuba, hospital que é referência em atendimento de alta complexidade.

 

“O mais importante é readequar a Santa Casa no que diz respeito a cirurgia cardíaca, neurocirurgia e cirurgia ortopédica”, explicou o diretor do departamento, Francisco Carlos Parra Bassalobre. Ele falou com a reportagem na sexta-feira (31), após participar do encontro de prefeitos com o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva.

 

Na segunda-feira aconteceu uma reunião da direção da Santa Casa de Araçatuba com a direção do DRS-2, para tratar de soluções para a superlotação do hospital. De acordo com ele, a grande dificuldade na realização dessas cirurgias de alta complexidade é que a superlotação da Santa Casa de Araçatuba impede a liberação de leitos de UTI para esses pacientes.

 

Somente no que diz respeito a cirurgias cardíacas, segundo o que foi informado, a fila repassada para o DRS pela direção da Santa Casa de Araçatuba, tem cerca de 60 pacientes, alguns aguardando desde 2018.

 

Para dar andamento a esses procedimentos, o diretor informou que está sendo reorganizada a rede e os pacientes que precisam de UTI de média complexidade serão direcionados para UTIs da região.

 

Leitos

 

Segundo o diretor do DRS-2, na região existem cerca de 90 leitos de UTI. São dez leitos em Penápolis, dez leitos em Birigui, Ilha Solteira também passará de oito para dez leitos de UTI pelo SUS (Sistema Único de Saúde), há leitos disponíveis em Andradina, no Hospital Estadual de Mirandópolis, além dos leitos da Santa Casa de Araçatuba.

 

“Esses hospitais vão nos dar essa retaguarda. Hoje o hospital de Ilha Solteira nos ajuda muito. Paciente idoso que tem pneumonia, que precisa ficar vários dias intubado, esse paciente pode ficar em uma UTI de média complexidade, que dá todo aporte para ele. E o paciente que vai operar, tem a vaga aqui (na Santa Casa de Araçatuba)”, argumenta.

 

Triagem

 

Ainda de acordo com Bassalobre, essa triagem será feita pelo NIR (Núcleo Interno de Regulação) de UTIs, para desafogar a UTI da Santa Casa, liberando vaga para os pacientes que necessitem de cirurgia eletiva.

 

Como exemplo, ele cita pacientes idosos que precisam de prótese de quadril, mas que por apresentar outra enfermidade, necessitam de suporte da UTI para o pós-operatório. “O mesmo ocorre com os pacientes cardíacos, então você acaba não fazendo uma cirurgia eletiva porque está com a UTI superlotada”, argumenta.

 

Segundo o diretor, esse redirecionamento será pactuado com a Santa Casa e essa regulação de UTI passa pelo DRS, para que os pacientes sejam direcionados para hospitais da região.

 

Comprando

 

Ainda de acordo com o Bassalobre, esse trabalho para eliminar a fila de espera por cirurgia cardíaca já teve início. Ele informa que de imediato foram compradas algumas cirurgias para serem realizadas na Santa Casa de Barretos.

 

Porém, a partir do momento que a Santa Casa de Araçatuba tiver condições de fazer, os procedimentos passarão a ser realizados no hospital. “A nossa ideia é priorizar a nossa região, mas aquilo que eu não consigo fazer aqui, eu tenho que achar um caminho para o paciente ser atendido, o mais próximo possível", explicou.

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