Dia Nacional da Abelha: importância e desafios na produção de mel no Brasil

No Dia Nacional da Abelha, celebrado em 3 de outubro, a atenção se volta para a crucial importância desses insetos na preservação dos ecossistemas e na produção de alimentos. No Brasil, o mel e seus derivados são não apenas fontes de alimento e adoçantes naturais, mas também impulsionam empregos e o desenvolvimento de comunidades rurais. O país movimentou mais de R$ 950 milhões na indústria do mel no ano passado, registrando um aumento de 9,5% na produção, impulsionado pela crescente demanda por mel, própolis e geleia real.

Entretanto, desafios significativos surgem na indústria apícola brasileira. Mudanças climáticas adversas e a contaminação por defensivos agrícolas têm impactado a produtividade das colmeias. O clima extremo, influenciado por mudanças climáticas bruscas, afeta as abelhas, levando a uma redução de até 60% na produtividade. Além disso, a contaminação por pesticidas, especialmente o inseticida fipronil, é uma ameaça à população de abelhas.

Para enfrentar esses desafios, a Secretaria de Agricultura de São Paulo está trabalhando em estreita colaboração com apicultores. A regularização das colmeias é uma prioridade, ajudando a melhorar a comunicação entre produtores e governos. Técnicos da Coordenadoria de Defesa Agropecuária estão visitando apiários para avaliar as condições sanitárias das colmeias, fornecendo informações sobre pragas e boas práticas de manejo.

O mel, além de suas propriedades nutricionais, é reconhecido por suas propriedades medicinais, sendo anti-séptico, diurético, antioxidante, calmante e expectorante. O própolis, um derivado das abelhas, é considerado um antibiótico natural com propriedades antivirais, antifúngicas e antibacterianas.

Ainda assim, o equilíbrio entre a produção de mel e a preservação das abelhas é essencial. Celebrar o Dia Nacional da Abelha não apenas destaca a importância desses polinizadores para nosso ecossistema, mas também nos lembra da necessidade de protegê-los para garantir a segurança alimentar e a biodiversidade no futuro.