Uma intensa onda de calor, influenciada pelo fenômeno El Niño, tem assolado o Brasil desde o início da primavera, em 23 de setembro. Este fenômeno, mais comum no verão, trouxe temperaturas extremas e fortes chuvas, impactando várias regiões do país. Essas alterações climáticas, coincidentes com o Dia da Natureza em 4 de outubro, ressaltam a importância da preservação ambiental.
A agricultura foi fortemente impactada, especialmente na produção de hortifrúti. O calor fora de época prejudica não apenas as plantações no campo, mas também a qualidade dos alimentos consumidos pelos brasileiros. Em Mogi das Cruzes, conhecida pela produção de frutas, flores e hortaliças, o calor intenso afetou todas as fases das plantas, desde o plantio até o transporte. Estratégias como o Sistema de Plantio Direto em Hortaliças (SPDH) foram introduzidas para mitigar esses efeitos, proporcionando proteção às plantas e conservando a umidade.
Na pecuária, o estresse térmico causado pelo calor excessivo prejudica a produção de carne de qualidade. Bovinos, animais homeotérmicos, têm dificuldades em regular sua temperatura corporal quando expostos a temperaturas extremas, afetando sua produção de carne. Além disso, a piscicultura também foi impactada, pois a solubilidade de oxigênio na água diminui com o aumento da temperatura, levando a problemas de alimentação e reprodução das espécies.
Para lidar com essas condições climáticas desafiadoras, os agricultores e pecuaristas têm adotado estratégias como redução da oferta de ração para os peixes e introdução de técnicas como o SPDH na agricultura. No entanto, essas medidas indicam a urgência de um planejamento estratégico e sustentável para enfrentar as mudanças climáticas, destacando a necessidade contínua de preservar nosso meio ambiente.