A Santa Casa de Araçatuba (SP) divulgou nota na manhã desta quarta-feira (10), comunicando a morte de um bebê de apenas 2 meses de vida por coqueluche. A família da criança reside na cidade de Castilho, que é vizinha a Andradina.
A criança foi internada no dia 15 de novembro e durante todo esse período, permaneceu na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal e Pediátrica, mas apesar do tratamento oferecido, não resistiu. O óbito foi constatado às 14h30 de terça-feira (10) e comunicado pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica da Santa Casa para Vigilância Epidemiológica de Castilho.
Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a criança ainda não havia sido vacinada, sendo que a imunização contra coqueluche é preconizada para faixa etária dos 2 meses até 6 anos de idade.
Outro caso
Ainda de acordo com o hospital, este foi o primeiro óbito por coqueluche registrado na Santa Casa de Araçatuba, mas foi registrado outro caso positivo da doença em um bebê de Araçatuba. A criança foi internada também em meados de novembro, reagiu bem ao tratamento e recebeu alta hospitalar no início deste mês.
A coqueluche é uma infecção contagiosa que afeta as vias respiratórias que levam o ar até os pulmões. Ela também é chamada de “tosse convulsa”, porque um dos principais sintomas de quem a possui é que a tosse sai com um som diferente, similar a um assobio.
A coqueluche em bebês é muito comum e altamente contagiosa, sendo que um indivíduo pode passá-la para o outro com muita facilidade. Para impedir que crianças desenvolvam a condição, é preciso garantir que a vacina da coqueluche seja dada aos pacientes ainda nos dois primeiros anos de vida.
Adultos também podem desenvolver a doença, mas idosos e crianças fazem parte do grupo de risco, que pode acabar por desenvolver complicações pulmonares devido à coqueluche, como pneumonia e parada respiratória.
Causa
A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, que é transmitida de pessoa para pessoa por meio de gotículas de saliva expelidas ao tossir ou espirrar. Quando inalada, coloniza as vias respiratórias, causando sintomas semelhantes aos de um resfriado comum, que podem evoluir para tosse intensa e convulsiva.
A doença dura várias semanas e é dividida em 2 fases, com sintomas progressivos que passam a diminuir aos poucos, até a recuperação do paciente. Na fase inicial da doença, denominada estágio catarral, os sintomas podem ser bastante similares aos da gripe.
A fase secundária é chamada de estágio paroxístico, quando a tosse seca piora e surgem outros sintomas. Já a fase de convalescença pode fazer com que os sintomas durem por semanas ou até meses.