A Prefeitura de Birigui (SP) divulgou nota na sexta-feira (21), comunicando que a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) do município voltou a operar normalmente no período da manhã. A medida foi adotada após o município ser autuado pela Cetesb (Agência Ambiental de São Paulo) na segunda-feira (17), por despejar esgoto sem tratamento no Ribeirão Baixotes, que abastece a cidade.
Equipe da Agência Ambiental de Araçatuba esteve na ETE após denúncia dos vereadores Marcos Antônio dos Santos (UB), o Marcos da Ripada, e Wesley Ricardo Coalhato (UB), o Cabo Wesley, que publicaram um vídeo nas redes sociais informando que há cerca de um mês o esgoto coletado no município não estaria sendo tratado.
No dia seguinte a Prefeitura emitiu nota confirmando que a ETE estava com as operações suspensas devido a problemas nos inversores de frequência da Estação Elevatória da ETE. Na ocasião o município argumentou que por se tratar de um modelo antigo, o conserto foi considerado inviável e teria sido adquirido emergencialmente, um novo equipamento para entrar em operação.
Troca do motor
Na nota divulgada na sexta-feira, a Prefeitura de Birigui informa que além da aquisição e instalação de um novo inversor de frequência, mais moderno e eficiente, foi feita a troca do motor da bomba responsável pelo bombeamento do esgoto para o sistema de tratamento.
Apesar da denúncia informar que o serviço ficou suspenso por mais de 30 dias, na nota, a Secretaria de Meio Ambiente alega que a situação foi prontamente controlada, “sem impacto nos serviços prestados à população e que os serviços foram restabelecidos com rapidez e agilidade”.
E acrescenta: “A Prefeitura agradece a compreensão dos munícipes e reafirma seu compromisso com a qualidade dos serviços públicos, monitorando continuamente as estações de tratamento para garantir a segurança e o bem-estar da população”.
Sem licença
Apesar das informações apresentadas pela Prefeitura, a Agência Ambiental de Araçatuba informou que negou, na segunda-feira, pedido de renovação da licença de funcionamento da ETE de Birigui, “em função do não atendimento à eficiência do sistema e à alteração da qualidade do corpo receptor, em desacordo à legislação vigente”.
O município também foi autuado em R$ 42.432,00, o que corresponde a 1.200 Ufesps (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo), por ser reincidente em prejudicar a qualidade das águas do Baixotes.
Em 2 de agosto do ano passado a Prefeitura havia sido autuada em 600 Ufesps pelo mesmo motivo, após ser feita advertência durante inspeção realizada em 9 de março. Na próxima semana a reportagem irá consultar a Cetesb sobre possível novo pedido de licença para a ETE.