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Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba é considerada livre de brucelose e tuberculose

Diretoria informa que a instituição é a primeira a receber a certificação em todo Estado de São Paulo; poderá receber bovinos e bubalinos de criadores
Da Redação
28/09/2023 às 19h48
Foto: Divulgação Foto: Divulgação

A FMVA (Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba), que pertence ao campus da Unesp (Universidade Estadual Paulista), é o primeiro estabelecimento de ensino do Estado a receber o certificado de propriedade livre de brucelose e tuberculose, segundo nota divulgada à imprensa pela direção da instituição nesta quinta-feira (28).

 

De acordo com o que foi divulgado, a certificação foi emitida pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento e Coordenadoria de Defesa Agropecuária na última quarta-feira (27), com validade por um ano e possibilidade de renovação após esse período.

 

Em nota, o diretor do campus, Cecílio Viega Soares Filho, informa que o certificado traz alguns ganhos para a faculdade. Um deles, é oferecer segurança às pessoas envolvidas nas práticas de ensino e na formação profissional de qualidade para os discentes. 

 

Além disso, com a certificação, o Hospital Veterinário poderá receber bovinos e bubalinos. A unidade deverá adotar um plano de biosseguridade para garantir a segregação dos animais externos e internos. Atualmente o rebanho local tem oito bovinos das raças nelore e holandesa, e mestiço.

 

A partir daí, a área de pasto ao redor do Hospital Veterinário poderá receber animais de criadores, que receberão os devidos cuidados, mantendo a distância mínima de 150 metros do lote dos animais da Unesp.

 

Certificado

 

No Brasil, a emissão desse certificado teve início em 2001, quando o PNCEBT (Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose) foi instituído pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

 

“É fundamental termos nosso rebanho certificado sanitariamente dentro dos padrões exigidos pelo Mapa, uma vez que, por sermos instituição pública de ensino, pesquisa e extensão, além de darmos o exemplo, incentivamos os produtores e as demais instituições do Estado a fazerem o mesmo”, informam os professores em nota técnica.

 

Também em nota técnica, a professora assistente, Márcia Marinho, e o professor titular, Iveraldo dos Santos Dutra, destacam que esse procedimento tem, por objetivo, a redução da prevalência e incidência de brucelose e tuberculose bovina e bubalina, o que reduz o impacto negativo dessas zoonoses na saúde humana e animal, além de promover a competitividade da pecuária nacional.

 

O programa estabelece um conjunto de medidas sanitárias que visa o controle, para posterior erradicação das enfermidades, além de promover o controle do trânsito de animais.

 

Medidas

 

Um dos procedimentos adotados para a faculdade obter a certificação foi a medida profilática para a brucelose, com a obrigatoriedade da vacinação em todas as bezerras de 3 a 8 meses, com a vacina B19 ou RB51, e das fêmeas adultas e não vacinadas somente com a RB51. 

 

Também foram realizados testes sorológicos de alta especificidade e sensibilidade, consecutivos, em intervalos apropriados durante o período de 12 meses. Essa ação possibilita identificar os animais reagentes e, consequentemente, promover o screening (exame em animais assintomáticos) do rebanho. 

 

Já para a tuberculose, foram feitos testes de tuberculização consecutivos com intervalos de 60 dias entre as provas. Para rebanho de corte, foi realizado o teste da prega ano-caudal; o gado de leite recebeu o teste cervical simples e/ou o duplo comparativo.

 

Após um ano da realização de testes sorológicos, a FMVA cumpriu todas as exigências necessárias à obtenção do certificado. 

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